Esse é o F. Griffith
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Quem Descobriu? - O DNA como transmissor da hereditariedade
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Fim de ano, arrumando a casa
Agora que estou só (a Giselle como está passando por todo o processo de fim de ano descrito no 1o parágrafo, pouco aparece), estou me dedicando a pequenas miudezas do lab. Comprei um pendurador de roupas, para pendurar nossos jalecos, que ficavam jogados sobre o "frigobar"; comprei uma caixa grande (daquelas de plástico para guardar brinquedos, por exemplo) para fazer um banho e deixar a vidraria de molho em Extran (um tipo de tetergente mais forte que o Limpol) e uma menorzinha para fazer o banho do ácido nítrico e deixar a vidraria contaminada com metais pesados de molho.
Com certeza há outras miudezas para ajustar, mas aos pouquinhos chegamos lá.
sábado, 16 de agosto de 2008
Mais um erro que vira acerto
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Como montar um experimento???
Meu vermelho neutro continua não dando muito certo...apesar de as células do controle estarem muito melhores, as células tratadas com cádmio não estão como deveriam.
domingo, 3 de agosto de 2008
Aventuras em Angra dos Reis
Depois de 2h e meia na kombi barulhenta e sacolejante, após diversas retenções por conta das obras de duplicação de pista e reforma dos 2 túneis que vão para a costa verde, chegamos ao projeto POMAR, onde a Petrobrás instalou um centro de cultivo de sementes (bivalves jovens). O dia estava lindo e tínhamos a vista para o mar. Esperamos o Petrus achar o contado dele e, de cara com os coquiles, começamos nosso trabalho. Gastei uns dois coquiles para achar a posição correta de furar (não era tão difícil assim como pensei). O músculo do bicho é enorme, e bem forte, pensei que ia tirar litros de hemolinfa. Que engano... o máximo que consegui tirar foi 1 mL, e muitas vezes cheio de pedaços de tecido, que analisando depois eram ora pedaços do manto (parte mole do bicho que fica preso mais externamente à concha, na beiradinha) ora da brânquia, que rodeava um pouco o músculo e era de cor alaranjada. Mas a melhor (ou pior) parte foi "judiar" do bichinho. Eu distraída e o Petrus chamou a atenção de que o coquiles, mesmo depois de ter as valvas (cada metade da concha é chamada de valva) separadas, ele continuava contraindo o músculo como se fosse para fechar as valvas. Ao estimular o manto ou o próprio músculo, este se contraía e o manto também mexia! A Ju ficou morrendo de pena, repetiu diversas vezes que ela não ia para o céu, disse"tadinho!" umas cem vezes e eu, sádica, cutucando o bicho. Até que um parente dele se vingou com um golpe de mestre: gentilmente "se abriu" para eu espetar o músculo com a seringa e enquanto fazia força para puxar o êmbolo Plof! Ele dá uma contração com toda a força! Quase que meu dedo vai, quase que me espeto com a agulha. Xinguei o bicho, e como xinguei. Tive que apertar as duas valvas para que não ocorresse de novo.
Imagem do coquiles aberto. A parte branca na imagem é o músculo que fecha as valvas; a parte laranja são as brânquias.
Eu e a Ju abrimos mão do nosso almoço (o Petrus e o Carlos, que nos levou até lá almoçaram enquanto trabalhávamos) para voltarmos logo na sacolejante e barulhenta kombi, percorrendo as sinuosas pistas daquela região. Não me aguentei: dormi em cima da minha mochila e só acordei já na Av. Brasil. Pensava que a hemolinfa não tinha sido suficiente, que a Ju não conseguiria extrair quase nada de RNA... e qual não foi nossa surpresa, ao chegarmos no lab, que havia uma "maçaroca" branca decantada no falcon! Isto muito provável é sinal de hemócitos, e a Ju havia me falado antes que aconteceu o mesmo com os hemócitos das ascídias da Cíntia, de tanta célula que havia.
Como já estávamos enjoadas de carro, era sexta feira e nem brincando queríamos pegar a Av. Brasil, fomos embora de barca. Melhor balançar de outro jeito...
Ah, mais algumas informações sobre o projeto e o coquilles, clique aqui.
sábado, 26 de julho de 2008
Curso citoesqueleto na Fiocruz - dia 5
Curso citoesqueleto na Fiocruz - dia 4
Ainda bem que, por sorteio, fomos o primeiro grupo a ver as lâminas, o que significa que saímos mais cedo. O que não significa que cheguei em casa mais cedo, pois o Madureira demorou horrores, ficamos eu e a Tati esperando no ponto, a Av. Brasil parada... E chegar em casa também não significa descansar, pois amanhã é o último dia e o dia da apresentação do seminário. Medo! rs
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Curso citoesqueleto na Fiocruz - dia 3
terça-feira, 22 de julho de 2008
Curso citoesqueleto na Fiocruz - dia 2
http://www.youtube.com/watch?v=CzPGhYiGyZ8
Parte da tarde, fomos ao laboratório fazer experimentos, cujos os resultados iremos apresentar em um seminário ao fim do curso. O meu grupo vai verificar a apoptose em células do timo. Para induzir a poptose, usamos uma droga - a dexametazona, velha conhecida das mamães por ser um composto de vários xaropes. As células já tinham sido incubadas a dexa- por 18h. Hoje fixamos as células, aderimos com poli-L-lisina (velha conhecida minha) e paramos por aí no protocolo pois já era 6 da noite.
A vantagem de as etapas serem longas (fixação,centrifugação, etc etc) é que...fazemos nada nesse meio tempo rs. Quer dizer, foi bom para nos conhecermos mais, interagir, bater papo, perguntar o que cada um faz, os planos de mestrado, e...histórias. Histórias de viagens a congressos, histórias de m... feitas no lab - afinal IC sempre faz m... e, o mais interessante: o Rubem me contou que seria uma opção correr atrás de patrocinadores como a Zeiss para tentar custear minha passagem para Bordeaux. E pensei, é claro, no meu grande amigo Marco Aurélio, que trabalha em uma empresa de materiais para laboratório e com quem praticamente compramos tudo. Será que o meu rostinho e a minha simpatia convencerão a chefia a me patrocinar? Veremos...
Ah, a resposta da pergunta do post anterior não esqueci. Só estou muito cansada, exausta mesmo, para responder hoje ;)
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Curso citoesqueleto na Fiocruz - dia 1
Componentes do citoesqueleto: microfilamentos de actina, microtúbulos e filamentos intermediários. À esq. imagens em MET.
Marcação por fluorescência. Em vermelho: actina; em verde: microtúbulos; em azul: núcleo
sábado, 5 de julho de 2008
Quando o equívoco se torna um acerto
Filtrei com o filtro pequeno, usando a seringa grande (deu trabalho!) e o líquido ficou praticamente da mesma cor que o comprado pronto.
L-15 em pó (esq) e o de garrafa (dir)
Fiz plaquinhas para testar o meio novo. Senti bom sinal ao ver que o L-15 não ficou amarelado quando eu adicionei o Cd, o que significa que o pH se manteve estável. Após 24h, ao olhar no microscópio as células estavam ótimas, tanto controle quanto cádmio, muitas células aderidas. Chegou a hora da verdade: o vermelho neutro...tcham tcham...
CONTROLE: células ótimas, aderidas e muito pouco coradas. Há muito tempo que não via as células assim, citoplasma limpo, ou com alguns pequeninos lisossomos.
CÁDMIO: células aderidas e...coradas! Sim, finalmente as células não estavam mais com aqueles aspecto amarelado, redondas, elas estavam coradas, até havia algumas que não estavam. E havia mais células soltas do que o controle, como eu imaginei, umas coradas, outras não.
Vi uma célula especial, acho que do cádmio, com grânulos (eterna dúvida, grânulos ou lisossomos?) e um vacúolo enorme. Me distraí e quase perdi a hora do Praça XV! Deixei algumas coisas sobre a bancada (desculpa ju, eu arrumei no dia seguinte)desliguei tudo, tranquei a porta e saí correndo!
sexta-feira, 4 de julho de 2008
O problema do HEPES
Mas como sempre, tive problemas, e como sempre, tentei resolvê-los. Uma verdadeira Saga de Hades (rs)
1ª tentativa: a massa de HEPES a ser pesada era de 26g...para ser diluído em apenas 50 mL! Adicionei 40 mL em um béquer e vamos à diluição. No fim, o volume havia mudado para 60 mL! A Ju sugeriu de eu pesar mais um pouco para completar 75 mL de solução a 2 M. Deu certo. Agora, ajustar o pH: de 11 para 7,5. Pinga HCl. Pinga, pinga...nem sei o quanto de volume coloquei mas foi grande e nem chegou a 8,5! Desisti.
2ª tentativa: Diminuí a concentração para 1 M (o que reduz a massa para 13g, mantendo o volume de 50 mL) – agora não lembro se foi por causa do problema do volume ou do pH. Consegui diluir e avolumar para 50 mL. Hora de ajustar o pH. Desta vez eu medi no lab da Silvana, pois o nosso estava sem eletrodo.Continuou 11. Pinga HCl. Pinga...pinga...pinga...e o pH precisava estar em torno de 7,5, só que eu já tinha adicionado 4 mL de HCl e nem a 8 chegou. Mais uma vez, descarte, pois 4mL é um volume considerável e com certeza alterou a concentração da solução. Desisti.
3ª tentativa: Fiz novamenta a solução a 1M, mas desta vez usei o Ac nítrico CONCENTRADO (mais ou menos 80%) , direto da garrafa, para ajustar o pH, após longa conversa com o Mauro sobre grau de dissociação de um ácido. Vai para a capela com pHmetro de bancada, agitador magnético, luvas. E aconteceu como nas outras vezes: pinguei 80 gotas com a pipeta Pasteur (nas outras vezes usei micropipeta 1000uL). Achei muito e calculei o volume: 1 mL = 20 gotas, 80 gotas equivale a...4 mL... Desisti mais uma vez.
O que acontece é que o HEPES é um tampão, ou seja, ele não permite grandes variações de pH e sua faixa de tamponamento é de 7,5 a 8,5 mais ou menos. Ou seja, se a solução estiver nesta faixa, você pode pingar ácido ou base (quase) à vontade que o pH se mantém estável.
Procurei por protocolos no site protocol-online.org e fiquei surpresa ao ver que eles ajustavam o pH com NaOH! Como é possível, se a solução já estava básica? Pensei que fosse assim devido a alguma reação química do tipo íon comum, ou algo que desconhecia. Mas reparei que o HEPES usado por ele tinha peso molecular diferente do meu. Procurando nos catálogos de reagentes (eles não servem apenas para apoiar monitores de PC rs) vi que existiam dois tipos: Sodium Salt (o que eu tinha) e o Free Acid (que ao contrário do que pensei, não é livre de ácido, mas sim que libera ácido livre). E a diferença entre os dois era a presença de Na e ausência de H no Sodium Salt. Pronto, estava explicado, era esse o motivo.
Perguntei para a Tatiana (irmã da Ju) se ela tinha o HEPES free acid (que libera ácido) mas o que ela tinha era igual ao meu. No lab dela eles trabalham muito com culturas e conversando ela me disse que o HEPES é pesado junto com o meio em pó. Porém, meu meio era líquido e estéril. Por isso que eu queria uma solução concentrada...
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Cortando o presunto
domingo, 11 de maio de 2008
Escondendo o ouro
X Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia - Bento Gonçalves, RS
30/04/08 – quarta-feira:
Nosso vôo (pela Ocean Air) não atrasou, chegamos por volta das 19:30 no aeroporto de Porto Alegre e nosso transfer até Bento saiu pontualmente às 21h. Chegamos em Bento às 22:40, e infelizmente perdemos a abertura oficial e o coquetel. Fomos para hotel.
(em off): Muito, muito, muito frio. Sorte que havia aquecedor no quarto e nós, cariocas, desconfiadas em ligar o artefato, pedimos ajuda ao recepcionista que fez uma coisa muito difícil: ligou o aparelho na tomada e os dois botões
01/05/08 – quinta-feira
A Ju acordou cedo para ir ao mini-curso. Mais tarde levantei para ir ao Hotel Dall´Onder retirar meu material, mas lá descobri que deveria fazer isso no centro de convenções. A recepcionista do Hotel me deu um mapa da região e me explicou como chegar nos lugares básicos (shopping, rodoviária, centro de convenções). Esperei a Ju sair do mini-curso, almoçamos num shopping (fomos andando até lá), voltamos ao nosso hotel (andando também) para pegarmos meu pôster. O ônibus que levava ao fundaparque (o centro de convenções) fez a gentileza de nos esperarmos enquanto saíamos correndo para pegar o pôster.
A mesa redonda 1 (Qualidade e confiabilidade analítica em análises ambientais) , de início, não animou muito, mas o Alexandre Arenzon (UFRGS) expôs alguns pontos interessantes sobre determinadas variáveis que podem interferir nas análises de animais usados em experimentos exotoxicológicos).
A exposição dos pôsteres foi após o coffee break Na hora da avaliação, fiquei anciosa, claro, e como sempre acho que falei correndo demais. Expliquei minhas linhas de pesquisa – efeitos dos metais e caracterização do hemócitos por MET – o porquê de ter obtido resultados inversos do esperado.
Como fui uma das primeiras a ser avaliada, dei uma olhada nos pôsteres que me chamaram a atenção no livro de resumos. Somente UM,UNZINHO, tinha vermelho neutro – a da Iara, mestranda, UFES. Ficamos batendo um bom papo e descobri coisas interessantes...
A palestra 2 (Great ideas in ecological risk assessment), em inglês, foi interessante, mas pouco me lembro porque não entendi muito bem, logo não consegui anotar nada.
(em off): o pavilhão é tipo o riocentro. Deu a impressão que fazia mais frio lá dentro do que do lado de fora. Estava começando a choviscar quando fomos embora. Tínhamos um convite ($6) para a “festa da salmonella” num bar perto do Dall´Onder. Pelo nome e pelo frio, decidimos não ir. Rsrsrs
02/05/08 – sexta-feira
Pela manhã havia diferentes atividades, e optamos por assistir ao workshop, que a partir das 10h foi sobre biomarcadores morfológicos e genéticos (Ciro Ribeiro, UFPR) e após biomarcadores bioquímicos e fisiológicos (Montserrat, FURG; Adalto Bianchini, FURG e Helena Cristina da Silva de Assis, UFPR). Ao final, perguntei para o Ciro sugestões de como proceder na caracterização dos meus hemócitos, já que não há literatura disponível. Ele sugeriu que eu começasse como referências céls de vertebrados, que já estão bem descritas.
De tarde, fomos à Farroupilha, uma cidade vizinha que vende roupas mais em conta que em Bento. Precisávamos ir lá comprar roupas, porque o perrengue tava grande. Comprei um bom casaco, a um bom preço (apesar de ter descoberto um rasgo, mas nada que não possa ser costurado) e a Ju também comprou. Teríamos assistido à ultima palestra às 18:30 se o ônibus de volta pra Bento não tivesse atrasado quase 30 min.
(em off): Voltamos da rodoviária para o hotel à pé, na chuva. Pedimos um crepe para jantarmos (8,90) mas pagamos “quinze com vinte” (15,20) – a diferença cobria a taxa de entrega e as embalagens! Deu vontade de ir lá e devolvê-las...
03/05/08 – sábado
Atividades somente após o almoço. Agora bem aquecidas com nossos novos casacos, passamos no shopping Bento Gonçalves para tirar dinheiro e comprar coisinhas para comer. Para ir ao fundaparque, pegamos o ônibus municipal (que demorou bastante) e nos deixou bastante longe do fundaparque. Sob chuva e forte vento, chegamos encharcadas no pavilhão. Assistimos o finalzinho da mesa-redonda. Na hora do pôster, momento em que visitaria os trabalhos que marquei no livro de resumos, surpresa: muitos dos pôsteres, incluindo os do meu interesse, não estavam mais lá, provavelmente porque seus donos regressariam no sábado mesmo. Uma pena. Meu pôster não foi pré-selecionado.
(Em off): Jantar de confraternização – muito bom gastronomicamente, mas muito ruim musicalmente. Só um cara no violão e outro nos atabaques. Música de barzinho deprê. Poucos na pista dançando (só coroas). Animou um pouquinho depois que Iara e eu pedimos um samba rs mas não foi o suficiente, e fomos embora.
terça-feira, 22 de abril de 2008
até pra isso o google serve...
sábado, 12 de abril de 2008
Vídeo de apoptose
Eu vejo isso acontecer muuuito com as minhas céls, quando já não aconteceu praticamente com todas... é incrível como essa coisinha tão pequenininha não é estática! Sempre vi a cél, desde o E. Médio, que ela estática. Até mesmo depois de ver alguns vídeos tirados do The Cell na aula de bio geral, continuava achando que era "mentira" (mentira, muuuito entre aspas, viu?) rs Até eu ver cara a cara, tête-a-tête, no estágio...
não é um máximo?!
sexta-feira, 11 de abril de 2008
O plástico
No livro Eureka!, q eu já comentei aqui, fala sobre a descoberta (e não invenção) do plástico. A princípio, o polietileno (vulgo plástico) só era obtido a temperaturas muito altas, o que encarecia sua produção em larga escala, além de ser pouco resistente. Até que uns químicos doidos - um pós-graduando, claro, estava tentando sintetizar hidrocarbonetos c/ átomos de alumínio, e utilizava o gás etileno. Como sempre acontece, nada disso deu certo: ele via que as moléculas de etileno se formavam aos pares. Eles investigaram e viram que isto estava sendo causado por resquícios de níquel de outros experimentos, onde eles estavam trabalhando. Eles mudaram o rumo (ou acrescentou uma linha nova de pesquisa no lab) e tentaram verificar se era possível produzir longas cadeias de etileno (polietileno). Não só era, como o processo era bem mais simples que o anterior, e não só isso, o produto era bem mais resistente que o primeiro. Mas como cientista é uma alma inquieta, os caras lá foram testando outros metais atuando como catalisadores. Essas misturas (orgânico + metais) ficaram conhecidas como "catalisadores Ziegler-Natta".
Agora a parte mais interessante, na íntegra:
Não sei se o Rupert Lee, autor do livro, foi, digamos, dramático demais, mas quando li o texto (após fazer o post abaixo) me deu uma vontade louca de postar aqui. Quando li, até eu fiquei com raiva do Fisher. Mas fazer o quê, ele ia advinhar? Imagina cada um de nós perdendo tempo em analisar cada resíduo produzido em nossos experimentos? rs E também fiquei imaginando, "será que ele soube? Como deve ter se sentido?"
...e espero que eu não seja acusada de cópia ilegal. Esse trecho é menos que 10% da obra!
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Uma sugestão do Francesco
Dúvidas...
Na segunda fiz uns pocinhos para corar com o Tripan. Na terça, após o seminário, fui contar. Perdi os dois primeiros pocinhos do ctrl pq a burra aqui esqueceu de filtrar o Tripan, então mal dava pra achar cel no meio de tanta sujeira, de tanto particulado. Ao dotal fiz 8 poços ctrl e 8 poços tratado com Cd a 1 uM. E o resultado de ambos foi parecido (preciso aprender de vez a fazer gráfico no Statistic!). Uns poços coravam mais (ao em torno de 89 coradas p/ 200 e poucos ñ coradas), outros menos (20 coradas para os mesmos 200 e tanto). Ou seja, o Cd de fato não está matando as céls. E as que coravam eram muuuito pequenininhas. E cada vez mais me convenço que certas céls lá não são hemócitos, mas sim algum tipo de contaminante. Preciso ligar aquela câmera já!!!
Outra coisa interessante que “descobri” enquanto esperava corar o poço: pequei no L-15, com as cels soltas que eu imaginava ter, claro, e pus em um poço limpo. De fato, tinha várias céls, mas o interessante é que elas me pareceram aderir, e algumas até a dar uma leve espraiada. (Para saber se a cel tá solta ou não, dou uma sacudida de leve na mesa; se ela se mexe, é porque está em solução, ou seja, solta). Isso é bom pra mim, pois quando precisar tirar fotos boas, seja da própria cél, ou ela corada com o VN, o Tripan, etc, basta colocar em uma lâmina e fotografar no maravilhoso mic da Sil.
Mas o que me intriga é: a cél tava solta; então pus em outro poço, limpo, e logo ela aderiu...ou seja, ela pode até ta baleada com Cd (este testezinho fiz com as céls tratadas), mas ela ainda tem essa capacidade de aderir...
Às vezes fico divagando com essas coisas. Você estudar um determinado objeto, e mesmo que já tenha todo o planejamento do que estudar, do que focar, sempre vai aparecer algo inesperado, como uma pequena tentativa dessa que fiz – eu achava que cél solta era cél f**, morta, etc – ou algum erro que gerou um resultado intrigante (quem não lembra da penicilina? O Eureka! Que o Mauro me emprestou mostra que tantas descobertas foram feitas por acaso!) – E o que fazer quando isso acontece? Desvia dos teus objetivos, parcial ou totalmente, ou ignora, e continua no previamente caminho traçado? Temos que ter foco, claro, mas até quando ele deve ser respeitado?
" O acaso só favorece aos espíritos preparados e não prescinde da observação".
segunda-feira, 7 de abril de 2008
... Ficou rosa!!!
domingo, 6 de abril de 2008
O mistério perto do fim...
Ontem eu e Ju, nos gostamos tanto, mas tanto, que além de convivermos praticamente todo dia no cafofo, ainda temos papo pra ficar no msn. Os assuntos podem ser vários, mas ontem foi principalmente sobre o meu exp d sexta, do azul de tripan.
Ah, antes de tudo, ela me passou por email um artigo bombástico: “Crystallization of neutral red vital stain from minimum essential medium due to pH instability”. Mas claro, todo artigo bombástico nunca está disponível na web. Se eu tiver sorte, encontro na biblioteca do CCS (tem o periódico, mas o artigo...sorte!!!) De fato, logo quando começamos os experimentos com Cd, percebia-se nitidamente que o L-15 mudava de cor, de rosa/vermelho para amarelo ao add o Cd. Medi o pH, mas tava entre 6 e 7 (usando a fitinha de cores). Td bem. Agora nos ocorreu de comparar o pH do meio sem e com Cd. Diferença de 1 ponto, para baixo, ou seja, o Cd acidificava o meio.
Meio de cultura Leibovitz L-15
E papeando pelo msn com a Ju, ela continuou investindo q o problema era o pH, e realmente é o que parece ser. Até q ela perguntou se o L15 tinha alguma substância indicadora de pH. Lembrei de um nome, e fui no site da invitrogen para lembrar: phenol red. Bastou uma procurada no Oráculo para descobrirmos que essa substância é... um indicador de pH!!! E advinha que cor fica quando o pH se torna ácido???
Juntando essa informação com a do artigo... (me senti agora um Watson&Crick juntando os dados da Rosalind Franklin e fazendo a descoberta do século!). Uma boa justificativa que responde às indagações do post anterior, de porque que as céls (vivas, como assegurou o tripan) com ñ coram com VN, mas o ctrl, sim. Porém, outra pergunta: então por que quando eu colocava a placa na geladeira (mais ou menos 6ºC) as céls com Cd coravam (exceto 2uM)? Segundo a Ju, devido à diminuição da fluidez da membrana. Mas isso pra mim ainda não está claro.
Outro questionamento: o L-15 não deveria ter um tampão?! Ó o que ta escrito no site da invitrogen, sobre o L-15: “L15 formulations were developed without a sodium bicarbonate buffer system. L15 medium is buffered by phosphates and free-base amino acids (L-arginine primarily, but also L-histidine and L-cysteine)”. Será que o Cd acaba ultrapassando a “faixa de tamponamento”?
Enfim, agora é arrumar um jeito de corrigir o pH do L15 com Cd (será que de amarelo vai ficar vermelho/rosa novamente)?.
E Ju, só pra deixar público, muitíiiiiiiiiiiiiiiiissimo obrigada pela força. Toda semana essa menina me dá um artigo novo, e artigo dos bons! Fico até com vergonha de não procurar direito hehehhe
O azul de Tripan... They´re not dead!
De início comecei pelo VN, mas lá pelo terceiro poço, decidi fazer as linhas só do tripan. Afinal, a nossa hipótese era que o Cd estava matando as céls, e por isso q o VN ñ saía do lisossomo para o citosol, ou pior, talvez sequer estivesse entrando na célula. O resultado é que as céls NÃO coraram com o tripan, ou seja, estavam vivas. E o tratado continuou a não corar também. Levei quase três horas pra contar os poços, e quando voltei aos primeiros poços, o VN estava bem mais forte, claro, com vários lisossomos grandes, quase ocupando todo o espaço do citoplasma. Mas tripan, nada. Somente pouquíssimas céls (4 dentre 250, por exemplo) é que coravam com o Tripan, e mesmo assim não eram as céls q estavam aderidas – havia muitas – mas céls muito pequenas, e só tenho certeza de ser céls pq já li vários artigos falando sobre, e na objetiva de 40x dá pra ver.
Bom, sobre o controle do “somente” tripan, tive outro problema: como esse controle foi feito com uma ostra somente, havia céls estranhas, grandes, com grânulos muito também grandes e amarelados, e que estavam espraiadas antes de adicionar o corante. O curioso é que após adicionar o corante, elas adquiriam a forma arredondada. E tive a impressão que elas espraiaram de novo após retirada do corante. Interessante, mas me serviu de nada pois não corou com tripan, e esqueci de pôr o VN só de curiosidade (a fome tava dilacerante e queria pegar o finzinho do coffee-break do ministro; tadinha, quando cheguei só sobrou um mísero copo de refri). Esse tipo celular me aparecia bastante quando eu tava iniciando as culturas, até já comentei com a Barracco, e provavelmente deve ser algum parasita. Ia tirar foto, mas ALGUÉM desconectou a plaquinha da câmera do laptop, ou pior, tirou o pininho amarelo (que conecta a câmera na placa) da placa. Tentei encaixar mas não ficava, parecia que faltava uma pecinha, que estava quebrada.
Enfim, gostaria de fazer mais uma placa pra ratificar que esse Cd não está atingindo as céls, pelo que parece, já que o ctrl tava bichado. Mas assumindo que isso seja ratificado, agora a questão é? Por quê? O mauro falou que possivelmente as substâncias contidas no meio de cultura estariam quelando o Cd, deixando-o indisponível ao contato com a cél, logo não estaria fazendo “efeito”. Tudo bem, mas isso não justifica que o tratado esteja totalmente livre do corante. Se o Cd está indisponível, ao menos as cels deveriam se parecer com o ctrl, o que não ocorre tanto na coloração do VN quanto na morfologia. (Aliás, a coloração do ctrl é discutível em outro tópico). Eu poderia fazer uns testes aumentando a concentração do Cd, e fazer em paralelo (não por cima) o VN e o tripan.
Outra coisa que me ocorreu é de aquela solução de Cd já estar com “o prazo de validade vencido”; por exemplo, a tampinha do vidro de H2O2 a 10mM já briu sozinha tantas vezes que ali deve ter só água rsrsrs. Lembro de uma conversa com o Rodrigo no avião, voltando de Floripa, ele me dizendo para trocar os reagentes, soluções, etc, fazer tudo novo.
E por falar em soluções, tenho que verificar a salinidade do tripan. Eu fiz a 0,4% em PBS, como tá na literatura, mas salinidade é 1 problema sério para nossas céls, apesar de na sexta não ter visto nada de anormal (a não ser as céls estranhas encolhendo). Talvez eu tenha que fazer um tripan novo, com o PBS ajustado à salinidade.
Outra coisa que me preocupa também é as ostras lá no aquário. Ando muito relapsa, sem verificar a salinidade e pH (apesar de não ver a importância desse parâmetro muito discutido) e TEMPERATURA. Muitas vezes ia pegar umas ostras e a água tava bem quente, principalmente na segunda, após fim de semana. A Ju sugeriu de ela trazer um aquariozinho para colocar umas ostras e deixar na 32, com o ar ligado, pra ver se há alguma diferença, ou fazer isso também quando chegar ostras novas. That´s all, folks!
terça-feira, 1 de abril de 2008
Agradeço a Hitler...
domingo, 23 de março de 2008
The PCR song
vídeo aqui
Se vc é ruim de inglês que nem eu e entendeu nada, aí vai a letra desta música do vídeo para meus queridos leitores cantarem junto...
Em homenagem à Ju e à Andreza (que deixou nosso cafofo), que sofriam com os PCRs q ñ davam certo...
There was a time when to amplify DNA,
You had to grow tons and tons of tiny cells.
(Oooh) Then along came a guy named Dr. Kary Mullis,
Said you can amplify in vitro just as well.
Just mix your template with a buffer and some primers,
Nucleotides and polymerases too.
Denaturing, annealing, and extending,
Well it’s amazing what heating and cooling and heating will do.
[Chorus]
PCR when you need to detect mutation (detect mutation)
PCR when you need to recombine (recombine)
PCR when you need to find out who the daddy is (who’s your daddy?)
PCR when you need to solve a crime (solve a crime)
(2x)
quarta-feira, 19 de março de 2008
Meu primeiro vídeo!
ô mauro...lembra destas fotos? agora virou vídeo... parece aqueles videozinhos de céls q tem no CD do the cell, mas esse é muito mais legal..acho que vou levar um laptop pro congresso pra mostrar lá! Vai ser sucesso!!! no ciência viva então...a Eleonora ia amar! rs
Hein... e imagina os vídeos que daria pra fazer com aquele tal "time-lapse photomicrography do artigo... ops, ainda ñ postei ele!
A magia de ser cientista
Desde que entrei no estágio no radioiso venho tentando fazer uma cultura primária dos hemócitos. Procurei protocolos, testei, adaptei, e nada. Me perguntava (e até hoje me pergunto) "como eles fizeram para conseguir x% de céls viáveis?!" Mas eu não me dei por vencida.
Desconfiada que a centrifugação estivesse estressando demais as células (sem falar que são 10 min de centrifugação, depois ressuspende, etc), tirei hemolinfa (hl) e plaqueei direto. Sem centrifugar. Sem anti-coagulante. Pá-pum, simples assim. Geladeira (isso é assunto pra mais tarde). 24h depois e voilà! céls aderidas! céls não coradas de Trypan! Eu! Eu!Eu! Eu que fiz!!!
E essa semana, mais uma alegria ao sabor "eu que fiz" (made by Americo&Figueiredo). A ju não tava conseguindo extrair RNA da hl de jeito nenhum. Brânquia e Gl. digestiva, blz, tudo bonitinho. Já na hl...as razões lá que tem q dar no nanodrop tudo ruim, a quantidade era muuuito pouquinha... por ex, a razão RNA/ptn tem q tá em torno de 2 - o q significa que tem nenhuma ptn, pois o processo de extração separa o RNA do resto (ptn, carboidrato, lipídio). se tiver baixa, é pq tinha mt proteína. Tava dando 2,8 (o q significa? mt pouco RNA e mt ptn?)
E pensando, e pesquisando, sugeri: "centrifuga". Acho que fizemos isso 1 tempo atrás, com 1 ostra só. Desta vez tirei hl d umas 4 ostras, que deu no total 9 mL. Pellet buniiiiiiiiiiiito!!!! Faz o protocolo, tal tal... voilà!!!! melhorou!!!! RNA em excelentíssima quantidade, razão RNA/ptn ok...
mas nem td tava perfeito... a razão das absorbâncias 260/230 nm deu abaixo do ideal, o q siginifica que pode ter sido contaminação por trizol, etanol polissacarídeos, outros compostos compostos orgânicos, mts outras coisas. Então ela fez umas modificações no protocolo pra ver se dar pra melhorar essa razão. Mas mesmo que não der, fico feliz por já termos conseguido modificar as outras 2 variáveis q ñ estavam dando certo.
Mas o resultado só saberemos na segunda. sabe como é repartição pública, ponto facultativo...
Sydney rock oyster (Saccostrea glomerata) hemocytes: Morphology and function
OBJETIVO: S. glomerata é uma das espécies mais importantes cultivadas em aquacultura, e é atacada por uma variedade de doenças infecciosas e infestação de parasitas. E os hemócitos participam de importantes vias de respostas imunes contra estes agentes infecciosos. Além disso, o estresse ambiental nas suscetibilidade e influência nas respostas imunológicas dos hemócitos contra tais os agentes. Sabe-se que temperatura, salinidade e poluentes químicos alteram as atividades dos hemócitos, e estes fatores podem aumentar a suscetibilidade das ostras a infecções. (TRADUÇÃO LIVRE DO ARTIGO)
5) SEM (scanning electron microscopy)
* além da caracterização morfológica, o autor também verificou a atividade fagocítica dos hemócitos, empregando os seguintes métodos:
2) peroxidase
3) fenoloxidase
4) superoxido
5) melanina
Tabela 1: resumo da microscopia de luz
Graças ao aparelho que tira foto a cada 5s, eles verificaram que quem inicia a formação destes agregados são os hialinócitos, formando agregados pequenos, que aumentam de tamanho, e então "chama junto" os granulócitos, que começam a degranular!!! Logo pensaria: "ah, então os que se acham que é hialinócitos nada mais são que os granulócitos s/ grânulos..." nãaaao! eles viram q são hialinócitos sim. E como degranula? Os granulócitos formam vacúolos e encaminham seus grânulos para dentro destes vacúolos. E em alguns minutos tudo desaparece misteriosamente....rs
A Barracco já havia me falado que o granulócito de C. rhizophorae degranula. Eu também suspeito que uns pontinhos bem pequenininhos que vejo nas minhas placas sejam grânulos dos granulócitos. Mas uma foto tão bacana quanto a H...
Outra coisa que me surpreendeu: granulócito com auto-fluorescência em UV (figuras E e F)! Vai, por essa vc ñ esperava, ñ é?
Figura 2: Granulócitos sob luz UV
* Para citometria de fluxo:
Sobre citometria de fluxo, ele utilizou 5 individuos. Encontrou uma variabildade alta, mas pôde-se distinguiur basicamente 4 populações.
Em algumas ostras foram encontrados apenas R1 e R2, enquanto que em outras, foram encontrados todas as subpopulações. Ao observarem no microscópio, confirmou-se que R1 são granulócitos e R2, hialinócitos. Já R3 e R4 não puderam ser eficientemente classificados devido ao baixo número de células por região.
Abaixo, um resumo:
Tabela 2: Diferentes subpopulações de hemócitos classificados por citometria de fluxo
* Para Imunocitoquímica:
baixo, uma tabelinha resumida. As fotos estão bem bacanas, mas não vou adicioná-las aqui pois vai ficar imenso o post.
Tabela 3: Imunohistoquímica
Ou seja, todas as imunos deram positivas para todas as substâncias em granulócitos. Como eles fagocitam mais ativamente, há maior produção destas enzimas (fosfatase ácida, peroxidase, fenoloxidade) além de superóxido e melanina, todos envolvidos em processos de degração de corpos estranhos fagocitados por eles. Provavelmente por fagocitar menos, hialinócito deve não produzir, ou melhor, produzir quantidades muito pequenas destas enzimas.
FAGOCITANDO...
O autor viu que tanto granulócitos quanto hialinócitos tem habilidade de fagocitar, neste experimento ele utilizou o fungo C. cerevisae (péssimas lembranças...rs), sendo os granulócitos mais eficientes - teve um lá que fagocitou até 30 céls! Uma diferença interessante: os granulócitos não emitem filopódios para fagocitar ( ou então filopódios muito curtos): eles "engolfam" (verbo do artigo - engulfed) por invaginação da membrana. Já os hialinócitos emitem looongos filopódios.
Os granulócitos também encapsulam hifas (este processo ocorre qd a partícula estranha é mt maior que a célula). Alguns granulócitos ficaram em torno da hifa, e antes mesmo de ter algum contato, alguns degranularam. e no final de 40min, todos q estaavam participando do processo degranularam. No entanto, os hialinócitos pouco participaram deste processo. E também fizeram uma coloração para verificar a melanização destas cápsulas. Após uma pesquisa rápida no Oráculo - em fontes confiáveis, claro), a melanização ocorre após a ativação da cascata de fenoloxidase (PO), e este processo é uma resposta do sistema imune que também ocorre em vários outros invertebrados.
* Para TEMAgora vamos p/ parte que interessa. Na TEM, ele divide os hemócitos em váaarios subtipos (4 sub- p/ hialinócitos e 5 sub- p/ granulócitos) baseados na razão citoplasma:núcleo (C:N), formato do núcleo, se forma ou não filopódio, se tem retículo (aliás aquelas "minhoquinhas" q a cíntia tinha falado q era reciclagem de membrana tá com cara de ser retículo...) , etc. e os grânulos? OITO tipos diferentes... e o autor hipotetiza queestes diferentes tipos de hemócitos podem ser diferentes estágios de uma via de maturação destas células, ou que simplesmente são mudanças súbitas individuais - sem via nenhuma. Já os OITO tipos de grânulos, ele diz que não está claro do porquê desta diversidade, mas que é frequentemente encontrado em outros bivalves. E pode ser que cada tipo de grânulo seja especializado em uma específica via de defesa na célula.
Mas eu acho que o técnico lá da uerj tava com razão...ficou pouco contrastado, em comparação com as microfotos do artigo
That´s all, folks!
sexta-feira, 14 de março de 2008
"O" artigo
Quando os chefes me disseram que eu teria que fazer ME, e ainda por cima de transmissão, quase chorei, pq o-di-a-va essa metodologia (trauma de biogeral), que pra mim nada mais era um monte de borrão (ô despeito...). mas confesso: quando vi minhas imagens, quase chorei, sim, mas de emoção, porque eram L-I-N-D-A-S. Td bem que ñ entendia patavinas (só sabia diferenciar o núcleo do citoplasma), mas isso é questão de olho, de prática.
Muito bem, então a Cíntia me pediu pra procurar artigos que falavam de MET de hemócitos. Pensei “ah, deve ter de montes, especialmente de C. virginica e C. gigas, mesmo gênero que a minha rhizophorae, pois lá na Europa eles estudam bastante essas duas, e Mytilus edulis também, pois lá eles cultivam para consumo, estudam parasitas, efeitos de metais pesados e outras substâncias, expressão gênica etc etc.” qual não foi minha surpresa, ao procurar no web of science e no science direct, apareceram pouquíssimos artigos. Tentei várias palavras-chave, TEM (a tonta tinha tentado MET – Microscopia Eletrônica de Transmissão, em português, achou nadinha, só o particípio do verbo meet – met rs. O certo é Transmission Electron Microscopy, TEM), haemolymph, haemocytes, crassostrea, bivalves, todas estas palavras combinadas entre si. Nada significativo.
Até que... a Ju, minha grande amiga do lab, que divide comigo o aconchegante cafofo da 32 no underground do fundão... me passa o artigo mágico e salvador:
Sim, Saccostrea glomerata (abaixo), uma ostra que tem só lá na Austrália. Provavelmente não deve ser mais relacionada com a C. rhizophorae que as espécies do mesmo gênero, mas já é um começo (fico devendo para próximos posts uma pesquisa filogenética de ostras, pois acho interessantíssimo levar isso em conta em se tratando de comparar hemócitos, algo que até hj ñ vi em nenhum artigo. Que achas, Mauro e Sil? No início da facul ñ gostava, ou melhor, não entendia muito sobre, mas agora...hehe). E o trabalho é bom, eles fazem muitas coisas que vou explicar melhor no próximo post (estou preparando uma resenha do artigo). Até estava comentando com o Pablito, que o trabalho não é conclusivo, mas abre uma gama de possibilidades e boas idéias. E ele é novíssimo, saiu no início do ano passado.
Enfim, se não surgir nenhum outro artigo “bombástico”, será este que irei apresentar no meu seminário.
segunda-feira, 10 de março de 2008
Á Nossa Senhora Destrancadora de Teses contra o “Exu Tranca Tese”
Á Nossa Senhora Destrancadora de Teses contra o “Exu Tranca Tese”
* Novena para aqueles que foram vítimas de alguma das artimanhas do “Exu Tranca Tese” ou para aqueles que querem proteção contra essa entidade:
N. Senhora Destrancadora das Teses, em ti confiamos para a proteção conta o Exu Tranca Teses, nos proteja de: queimação de pen drive, bibliografia em alemão, visita fora de hora, linha no Word que não sobe com o “Del”, fotocopiadora quebrada. Dá-me: encontros com orientador no corredor da universidade e livro emprestado com data de devolução para 2050.
Ah, Senhora, livra-me também das perguntas indiscretas, das dúvidas fora de hora, e das incertezas idem. Ajuda-me a lembrar dos nomes dos autores e da pronúncia deles, assim como do modo como se faz a notação de revistas. Nossa senhora, livra-me de pensamentos acerca de minha teses durante meu sono. Que eu possa dormir o sono dos justos impunemente, sem que tenha que me levantar ou acender a luz para anotar insights invasivos que detonam minha mente quando precisa descansar para mais um dia de batalha! Que tais pensamentos venham na hora certa, quando me sento diante do meu pc e eu não me torne um zumbi.
Ó Senhora, desperta no meu orientador uma enorme vontade de ler minha tese. Que ele a leia com olhos vigilantes, para não deixar passar nenhuma monstruosidade, mas também com olhos piedosos, para me deixar ir enfrentar a banca. E que a banca, Senhora, me dê os apertos que achar necessários, mas que ao final assine a poderosa ata, redenção final dos meus inúmeros pecados. Nossa Senhora, meu orientador insiste em me dizer que a minha tese está, entre aspas, uma merda, mas eu sinto que a Senhora vai me dar uma luz bem forte e lançar como um passe de mágica, artigos que abram meu cérebro tão debilitado por tamanha pressão.
Minha santa querida, já que eu fiz esta escolha na minha vida e sinto na obrigação de terminar, me dá forças para não matar um!
AMÉM!
sábado, 8 de março de 2008
O início...
Fiz esse blog sob fortíssima recomendação do meu querido e amado orientador, com o objetivo de treinar e desenvolver a escrita científica. Escrever não é fácil para a maioria dos brasileiros. Expressar e defender suas idéias, usando argumentos consistentes é o terror de qualquer iniciante (ou até mesmo veterano) na carreira científica.
Gosto de escrever. Escrevo bem, sem falsa modéstia; escrevo bem porque leio muito – td bem q depois q entrei na facul a quantidade de leituras caiu um pouco. Mas mesmo lendo muito, só se escreve bem...escrevendo. é treino. (Até hj lembro do meu prof d redação no cursinho me dizendo isso: “redação é técnica, não é inspiração”). Digo que escrevo bem, mas textos comuns, “não- científicos” – historinhas, contos, etc. Sempre tive essa inquietude de passar para o papel – ops, computador – histórias, conflitos, personagens etc. Ah, se vida de escritor fosse mais fácil... Claro que isso contribui para qualquer tipo de escrita, especialmente falando em gramática e ortografia (fico abismada com certos erros de ortografia, mas td bem), mas toda “modalidade” de escrita exige treino. Aqui no blog vou tentar treinar um pouco mais – já que relatório do estágio é somente 1x ao ano :D – mas além disso, organizar as idéias e analisar os resultados do trabalho q faço, tanto no lab do mauro quanto da silvana. Mais importante que escrever, é ter idéias e argumentos bons. De início não me prendo à escrita “certinha”: primeiro tem que organizar as coisas pra depois pôr a roupagem bonita rs.
Agora, o porquê do nome: sexta feira, o mauro me convidou para assistir a (mais) uma oficina da Sônia Rodrigues sobre linguagem, que rolou no final de um curso de EAD,. É óbvio que fui assistir. E um dos pontos da oficina é mostrar a diferença de descrição e análise. Se vc lê em um texto que joão bateu em maria, você pode afirmar que joão agrediu maria, mas não pode falar que joão o fez porque estava com raiva dela por tê-lo traído (a não ser que esteja escrito, claro rs). E em um dos exercícios que a Sônia fez nesta oficina, ela falou: “primeiro temos que observar e descrever, para só depois analisar”. Achei marcante, expressa bem a nossa arte de sermos cientistas. É a premissa básica.