terça-feira, 1 de abril de 2008

Agradeço a Hitler...

Calma gente. Antes de saírem detonando meu blog, leiam este post até o fim (pelo amor de Deus, não é nada sobre as atrocidades que ele cometeu!!!).
Terça teve uma palestra do Dr. Miquel Lurling da Wageningen University- Holanda, falando sobre o controle de cianobactérias no país dele. Palestra em inglês, óbvio. Assisti mais por esse fato doque pelo tema em si. Foi legal, mas se ele tivesse falado um pouquinho mais devagar, teria entendido um pouco mais.
Precisa-de de inglês. Hoje em dia, praticamente para tudo: qualquer profissão pede inglês como requisito obrigatório, e já estamos partindo para a aquisição de uma segunda língua estrangeira ser necessária. Na área de pesquisa, então, não saber inglês é como se não soubesse nem português, como se fosse um bebê que balbucia apenas sons e NÃO CONSEGUE SE COMUNICAR. Meu inglês é parco (mesmo minha teacher do curso, nativa dos EUA, dizer que tenho boa pronúncia e me expresso direitinho), principalmente porque não ouço direito. Não que tenha problema auditivo: mas meu vocabulário escrito é muito maior que o vocabulário "ouvido". Sempre tive muito contato com inglês escrito, portanto ouvir e entender um nativo falando pra mim é uma dificuldade imensa. Tenho melhorado, mas meu inglês está em no estágio de "mente lerda": eu entendo uma palavra que seja pouco usual e fico nela para achar o correspondente em português - enquanto isso a pessoa já falou mais umas cem palavras. rs Quanto mais palavras conhecidas em um texto, melhor flui... Achava eu, até descobrir que nativos não falam TO-DAS -AS-PA-LA-VRAS, pronunciando mais fortemente os substantivos, verbos, pronomes pessoais. O resto, é ´só um sopro, um balbucio, uma ligação com a palvra seguinte. Por isso que quase não entendo o que os nativos de língua inglesa - exceto os britânicos - falam, pela velocidade da fala e pelo famoso "ovo na boca".
Uma vez tentei ter aulas particulares com um professor de inglês nativo, dos EUA, que achei nos classificados do Globo. Nos encontramos eu, ele e a outra menina que dá aulas particulares junto com ele na Cândido Mendes, no Centro. O rapaz teve que repetir umas 5 vezes até eu entender "Stop to speak portugese!" E depois ele disse que nós, brasileiros falamos com a boca aberta. "Close your mouth" - disse. Até hoje não esqueço... Não resisti e retruquei: "Mas parecem que vocês falam com ovo na boca!" Acho que ele não gostou muito. rs
Bom, como disse, tenho progredido. Em aprender os sons das palavras que já conheço, aprender a ouvir os links das palavras (ou você acha que eles falam Do-you? naaaão, é algo como "dul", Will-you é "williu" e assim vai) e principalmente, palavras novas não deixo de treinar a escuta. Ou no mínimo olho no dicionário para ver a pronúncia - depois que aprendi o básico do alfabeto fonético, minha vida melhorou muuuito - agora sei que instead se fala "instéd" [inst'ed] e não "instíd" [inst'i:d] , head é [hed] "r" como em rato mas red [red] "r" é como...imita um gringo falando "retângulo" dobrando a língua. É isso aí. Poderia ficar falando horas sobre fonética [ADORO, PENA QUE NÃO TIVE NA FACULDADE...]. Mas chega.




Tô reclamando, como sempre, de aprender inglês, mas poderia ser pior. Muito pior. Se não fosse por Hitler, nós do ramo científico teríamos que aprender...Deutsche! Isso mesmo, alemão! Isso porque no até meados de 1930 o celeiro da ciência estava concentrada na Alemanha, Áustria e Suíça. Entre 1900 e 1932, dos 100 prêmios Nobels concedidos em ciências, 33 foram para alemães e suíços: oito deles. Judeus. Então Hitler entrou em ação...e "expulsou" os judeus da Europa oriental, e eles se refugiaram onde? Acertou quem disse Inglaterra e EUA. Portanto, eles começaram a publicar em períodicos desses países, de e em língua inglesa.

E fico imaginando como a Gi e a Dani tão se virando lá em Munique...
PS.: Essa informação tirei do livro "Eureka! - 100 grandes descobertas científicas do século XX" do Rupert Lee, que o meu querido orientador me emprestou. Muito Muito Muito bom, tanto pelas histórias que ele conta, com uma simplicidade incrível, quanto pelo poder de síntese do cara, q conta cada descoberta em somente duas páginas. E tudo faz sentido. Acho que vou comprar esse livro pra mim! E acredite: ele salvou uma questão na prova da preifeitura q fiz hoje, sobre bactéria e sulfonamida!!!






Um comentário:

Anônimo disse...

Com certeza, antes inglês que alemão!!!

Manda ver nos podcasts :)